
Tenho gostos cinematográficos fora dos padrões "normais hollywoodyanos".
Meus filmes favoritos não são produções norte americanas como a maioria das pessoas, claro, com algumas brilhantes excessões. Gosto dos chamados filmes "cult", no inglês: culto, nome merecidamente dado, já que se tratam da verdadeira cultura, independentemente de qual país o tenha produzido.
Procuro assistir filmes de todos os cantinhos desse mundo e estudar diferentes culturas. Gosto de ver as diferenças de uma cultura para a outra. Procuro ter olhos e coração puros para entender e respeitar nossas diferenças (nós e dos outros países), coisa difícil de ver nas pessoas. Aprendemos a gostar dos "americanos", dos fast-foods americanos, dos filmes americanos, da postura americana de ser... Acabamos nos perdendo da nossa própria cultura brasileira (pois nem é mais totalmente nossa) e acabamos julgando "as outras" diferentes, no pior sentido da palavra, sem ao menos conhecê-las, criando assim um imenso "pré-conceito" detrutivo.
Isso me deixa revoltada! Somos educados a ser ignorantes e discriminativos , e quando tentamos não ser, quando brigamos por mais aprendizados, somos ironicamente chamados de "cult", como se ser "cult" fosse um novo adjetivo (não muito agradável) a pessoas consideradas "diferentes" dos padrões "normais". Digo assim pois é exatamente o que acontece comigo muitas vezes...
Enfim... É difícil dialogar com pessoas ignorantes!... apesar de eu tentar muitas vezes... e continuarei tentando, já que respeito essa opinião.
Afinal, para respeitar a cultura alheia, tenho, antes de mais nada, respeitar a minha, o meu povo...
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Ontem, assisti um filme africano com meu pai (esse eu tô quase conseguindo! hehe) chamado: UMA JORNADA DE ESPERANÇA, ganhador de diversos prêmios.
"É a história de um pequeno menino chamado Musa que vê sua família morrendo por uma misteriosa "bruxaria" no interior da África do Sul. Ele sai de seu povoado para encontrar o tio que saiu para trabalhar, e aproveita para tentar arrumar dinheiro para comprar a vaca que foi sacrificada aos deuses pela saúde do pai, este que acabou morrendo também.
Musa conhece um homem que o ajuda a encontrar o tio e, no decorrer da história ele descobre o verdadeiro nome da tal "bruxaria" que, não estava matando só no povoado dele, mas em todo o país: a AIDS."
Vê como os africanos lidam com essa doença é muito curioso. Eles simplesmente não a aceitam e fazem o possível para continuar não acreditando nela. Recorrem a deuses para salvá-los sem ao menos usar prevenções adequadas.
E eu paro para pensar: "Eles não tem culpa! São criados, educados e condicionados a pensar assim! É preciso muita paciência e trabalho árduo para levar a devida informação e acabar com a ignorância do mundo."
Não podemos julgá-los e pensar que nós somos os donos da verdade ou que eles "têm o que merecem" pela atitude que tomam..... eles simplesmente NÃO SABEM! Precisamos respeitá-los até nisso.
E isso não é só um problema deles!
É nosso também!
É de todos que, quando olham uma situação dessas sentem um pingo de indignação e tristeza.
Aprendi, no grupo de dança do budismo que fiz parte quando nova, que se eu estiver dançando corretamente e brilhando no palco, mas se existir pelo menos uma dançarina errada, TODO O GRUPO foi fracassado. Se uma é derrotada, todas nós somos.
Penso que isso se aplique ao mundo também.
Beijo no pé de todos!
4 comentários:
Realmente um emocionante, penetrante e lindo filme, uma obra prima, foi um prazer vê-lo ao seu lado.
bjs
Papai
Minha Linda!
Vc sempre me emociona. Estar pero de voc� � ter boa companhia e aprendizado constante.
Deve ser realmente um excelente filme! Vc tem muito bom gosto!
Te adoro muitão!
Ainda nao assisti, mais só pela só
pela sinópse, ja fiquei muito curioso alias os comentario tambem
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