
Vou colocar aqui um texto muito importante para nós Budistas. Ele fala sobre o início do Ano, o início de novos desafios, o momento de parar e refletir sobre o que vamos fazer daqui para frente, de como vamos direcionar nossa luta, qual das nossas atitudes serão revistas para não cometermos os mesmos erros do passado.
É lógico que o início é sempre continuidade, mas vale muito a pena aproveitar esse sentimento de renovação e começar novos desafios...
"Recebi cem bolinhos de arroz cozidos a vapor e um cesto de doces. O dia de ano-novo marca o primeiro dia, o primeiro mês, o início do ano e o início da primavera(*). Quem celebra esse dia tornar-se-á mais virtuoso e será amado por todos. Será como a lua que gradualmente se torna cheia à medida que se move do oeste para o leste ou como o sol que se torna cada vez mais brilhante em sua trajetória do leste para o oeste. Considerando a questão de onde estão o inferno e o Buda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terra enquanto um outro diz que o Buda está no oeste. Entretanto, uma análise mais cuidadosa revela que ambos existem em nosso próprio corpo. De fato, o inferno está no coração da pessoa que insulta seu pai ou desrespeita sua mãe. É como a semente de lótus que contém tanto a flor como o fruto. Da mesma forma, o Buda habita nosso coração. Por exemplo, a pederneira contém o potencial para produzir fogo e as jóias possuem um valor intrínseco. Nós, seres humanos, não enxergamos nem nossos próprios cílios, que estão tão próximos, nem o céu distante. Da mesma maneira, não conseguimos compreender que o Buda existe em nosso coração."
(*) O primeiro dia, o primeiro mês, o início do ano e o início da primavera: de acordo com o calendário lunar utilizado na época de Daishonin, o início da primavera começa em janeiro.
Resumo e Cenário Histórico
Nitiren Daishonin escreveu esta carta para a esposa de Omossu, irmã mais velha de Nanjo Tokimitsu, em agradecimento pelos sinceros oferecimentos enviados por ela no início do ano. A carta é datada de 5 de janeiro, porém sem a indicação do ano. Assim, embora se saiba que Nitiren Daishonin tenha escrito esta carta no Monte Minobu, nos últimos anos de sua vida, o ano exato não é conhecido (Nitiren faleceu em 13 de Outubro de 1282).
O ano-novo sempre foi considerado uma época de deixar o passado para trás e começar de novo. De acordo com o calendário lunar japonês utilizado na época de Daishonin, o ano-novo coincidia também com o início da primavera.
Quando uma pessoa se dedica seriamente à prática budista, é a sua fé no presente, e não o seu carma do passado, que exerce a influência determinante em sua vida. Assim, por meio desse grande poder da fé, nós podemos “começar a partir de agora”, em qualquer momento que nós determinarmos. Contudo, o dia de ano-novo é uma ocasião especificamente destacada para esse propósito, quando toda atmosfera que nos cerca apóia o espírito de começar renovadamente. Nitiren Daishonin nos ensina que celebrar esse dia fazendo oferecimentos ao Gohonzon (pergaminho localizado dentro do oratório que significa não mais que o nosso próprio coração) é uma fonte de imensa boa sorte. Fazer oferecimentos no ano-novo serve para expressar tanto a nossa gratidão quanto a nossa decisão de continuar a nossa luta, aprofundando ainda mais nossa fé no ano que se inicia.
O budismo ensina que o presente momento abrange o futuro, e que cada causa contém o seu efeito. Nesta perspectiva, a maneira como saudamos o ano-novo é bastante importante. Uma grande diferença pode resultar entre o ato de considerá-lo um dia a mais entre muitos outros, ou como um novo início que abriga em si as sementes do desenvolvimento do ano inteiro.
Quando uma pessoa se dedica seriamente à prática budista, é a sua fé no presente, e não o seu carma do passado, que exerce a influência determinante em sua vida. Assim, por meio desse grande poder da fé, nós podemos “começar a partir de agora”, em qualquer momento que nós determinarmos. Contudo, o dia de ano-novo é uma ocasião especificamente destacada para esse propósito, quando toda atmosfera que nos cerca apóia o espírito de começar renovadamente. Nitiren Daishonin nos ensina que celebrar esse dia fazendo oferecimentos ao Gohonzon (pergaminho localizado dentro do oratório que significa não mais que o nosso próprio coração) é uma fonte de imensa boa sorte. Fazer oferecimentos no ano-novo serve para expressar tanto a nossa gratidão quanto a nossa decisão de continuar a nossa luta, aprofundando ainda mais nossa fé no ano que se inicia.
O budismo ensina que o presente momento abrange o futuro, e que cada causa contém o seu efeito. Nesta perspectiva, a maneira como saudamos o ano-novo é bastante importante. Uma grande diferença pode resultar entre o ato de considerá-lo um dia a mais entre muitos outros, ou como um novo início que abriga em si as sementes do desenvolvimento do ano inteiro.
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